10.8.09

PLANEJAMENTO TURÍSTICO DE ILHÉUS: uma gestão participativa ou autoritária?

PLANEJAMENTO TURÍSTICO DE ILHÉUS: UMA GESTÃO PARTICIPATIVA OU AUTORITÁRIA?
Sara Teles

Jornal A NOTÍCIA

Embora seja uma cidade de inquestionável vocação turística, Ilhéus sempre esteve aquém do seu desempenho potencial, sem força como destino final, se comparada a municípios próximos como Itacaré e Porto Seguro.
A ausência de um planejamento estratégico público pode-se constatar ao longo do ano, dado a inexistência de uma programação voltada à atração de turistas. Os que aqui chegam vêm em virtude dos atrativos que a cidade por si só esbanja, sobretudo praia e sol, não em função de políticas públicas estrategicamente implantadas para atrair e reter os turistas na cidade. Muitos destes, apenas por aqui passam, seguindo em direção aos destinos retro mencionados.

Em Ilhéus, até sobram ações tático-operacionais para o turismo, mas quando o assunto é um planejamento estratégico que traga resultados reais e duradouros, conforme se vê em cidades como Aracaju, aí a Terra da Gabriela deixa a desejar.

Um planejamento estratégico, por conceito, funciona como um guia que orienta as ações e decisões futuras a serem tomadas por uma organização, uma cidade, um país ou mesmo por uma pessoa na construção do seu futuro. O processo de planejamento turístico, especificamente, deve dialogar com pessoas e organizações, não havendo uma figura central no processo decisório, e sim diversas partes igualmente significantes.

O processo de planejamento estratégico do turismo deve então ter uma abordagem participativa, isto é, envolver o maior número de agentes, pessoas e organizações, no processo e na tomada de decisão. O planejamento participativo permite que todas as partes envolvidas defendam os seus interesses ao mesmo tempo em que se desenvolvem uma visão única sobre o destino, através do compartilhamento de experiências e conhecimento sobre o local. Compartilhar uma visão comum de futuro para o destino é somente uma das vantagens de uma abordagem participativa no planejamento. Este procedimento traz benefícios tanto à comunidade e aos agentes locais quanto à equipe de planejamento e ao destino como um todo.

A participação do indivíduo autônomo no planejamento turístico é de suma importância, pois contribui sobremaneira para que os objetivos sejam alcançados, sendo, também, fundamental, para a eficácia do planejamento, identificar as necessidades da comunidade local. A satisfação da comunidade é a peça-chave para o desenvolvimento turístico de uma cidade.

Será que em Ilhéus as políticas para o turismo permitem que a população tome parte ou têm-se assistido ao desenrolar de um “planejamento” turístico autoritário e, por conseguinte, sem resultados?

Um comentário:

Unknown disse...

Que estilo hein cara Comunicóloga/Administradora! Adorei o espaço e as abordagem, bjussss