10.2.11

Bullying: qual o perfil do agressor no ambiente corporativo?

Na vida adulta, especialmente no ambiente de trabalho, prática pode se apresentar de várias formas, inclusive sutilmente

Por Gladys Ferraz Magalhães, Infomoney
 
Nos últimos anos, sobretudo no ambiente escolar, tem aumentado a incidência de bullying, o que tem feito com que a prática esteja sempre em pauta entre autoridades e, vez ou outra, na boca da população.

Entretanto, na maior parte das vezes, a vítima é o foco das conversas, estudos e discussões, o que faz surgir a pergunta: e o agressor, qual o perfil dele?

De acordo com as especialistas ouvidas pelo portal InfoMoney, a psicóloga Clarice Barbosa e a presidente da Isma-BR (International Stress Management Association) no Brasil, Ana Maria Rossi, ao contrário do que acontece na infância e na adolescência, quando a prática do bullying é explícita, na vida adulta, especialmente no ambiente de trabalho, ela pode se apresentar de várias formas, inclusive sutilmente.

“Pode ser uma coisa muito sutil. Um olhar, um tom de voz... As pessoas que estão em volta não costumam perceber, às vezes, até pensam que é brincadeira”, diz Ana Maria.

Perfil

No geral, explicam, o praticante de bullying tem personalidade hostil e agressiva. Provavelmente, já foi vítima da prática e, quando criança, recebeu uma educação muito permissiva ou cresceu em ambiente hostil.

Este indivíduo, destaca Clarice, procura justificar suas ações e seu comportamento por meio de alguma atitude negativa da vítima, o que, na avaliação dele, o autoriza a tratar aquela pessoa sistematicamente de forma agressiva, humilhando, ridicularizando, excluindo ou inferiorizando. Entretanto, alerta a psicóloga, o que o agressor sente é prazer com a situação.

“Ele não está preocupado com o prejuízo que pode causar a outra pessoa. Ele sente prazer em exercer o poder e só vai parar quando tiver alguma perda, quando a vítima der um basta na situação”, diz Clarice.
Além disso, o praticante de bullying tem este comportamento repetidas vezes durante a vida, não só no trabalho, mas em outros ambientes e em outras fases da sua vida, como na faculdade, por exemplo.

Líder

Ao contrário do que muitas pessoas possam imaginar, a prática de bullying não afeta negativamente só a vítima da agressão. O praticante, ao dedicar de forma obsessiva seu tempo pensando em maneiras de oprimir a vítima, acaba tendo seu rendimento no trabalho reduzido.

Para as especialistas, o líder e o departamento de RH (Recursos Humanos) das empresas devem sempre estar atentos à situação e, caso identifiquem um comportamento suspeito, até indicar ajuda aos profissionais envolvidos, tanto praticantes como vítimas.

“Para identificar o bullying, é importante que as empresas não desqualifiquem as reclamações dos funcionários, fiquem atentas se alguém está sendo excluído do grupo ou se algum funcionário trata sempre um outro de forma negativamente diferenciada e agressiva (...) A conversa com o praticante deve ser sutil, procurando saber quais as razões de tais atitudes e oferecendo ajuda”, finaliza Ana Maria.

 
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/bullying-qual-o-perfil-do-agressor-no-ambiente-corporativo/42662/

2.2.11

Líder, saiba os cinco comportamentos que você NÃO deve ter 

Morosidade, dificuldade de construir relacionamentos, falta de comprometimento com resultados, pensar pequeno e arrogância são características indesejadas


 
Ser comunicativo, ter um ótimo relacionamento interpessoal, saber ouvir, ser agente de motivação e uma inspiração para os seus colaboradores. O perfil do líder ideal já é conhecido. O que pouca gente sabe é o que um gestor não deve ser.

Para chegar a essa resposta, o especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional , Alexandre Prates, ouviu 50 profissionais, entre empresários, líderes, executivos e especialistas de mercado, em 15 estados brasileiros, para detectar os cinco comportamentos que um líder não pode ter.

"Apesar de não ser muito agradável, o tema desse estudo é fundamental para a análise crítica da liderança nas empresas e também para uma autoavaliação dos comportamentos de cada um como líder", disse Prates, por meio de nota.

O estudo identificou as seguintes características que um gestor não deve ter: morosidade, dificuldade de construir relacionamentos, falta de comprometimento com resultados, pensar pequeno e arrogância. Cada uma delas pode colocar em risco a boa gestão e a carreira do líder.

Intolerável

Para Prates, ser lento em um mercado que está cada vez mais dinâmico é intolerável. "A morosidade está ligada à falta de preparo cultural do líder", disse. "E, quando digo cultura, refiro-me à capacidade de buscar novas informações. Quanto mais informações eu possuo, maior é a minha capacidade de tomada de decisão", disse.

O especialista ressalta que cabe ao líder agir na velocidade necessária para direcionar a organização rumo às mudanças.

Outro aspecto importante para se construir uma liderança inspiradora é a facilidade do gestor de construir relacionamentos. A ausência desse ponto é intolerável, pois os líderes são os responsáveis pelo ambiente, nos quais as pessoas se sintam bem para produzir mais.

Se o ambiente está pesado e, para muitos profissionais, até insuportável, grande parte desse peso é de responsabilidade do gestor. "Ambientes saudáveis são propícios para a construção de relacionamentos saudáveis. E, quando você tem um ambiente no qual as pessoas queiram estar, provavelmente é lá que elas se sentirão motivadas a permanecer e prosperar", ressalta Prates.

Se além de deixar o ambiente desagradável, o líder ainda for daqueles que "pensam pequeno", pior, na avaliação do especialista. Para Prates, as empresas querem gestores que ousem. "Um líder com desejo de ir além constrói equipes que lutam por um propósito. Pensar grande é focar no presente, com o olhar para um propósito maior".

A falta de comprometimento com resultados é outro ponto intolerável, segundo constatou o especialista. "O líder contemporâneo precisa pensar em resultados, seja na sua atuação no campo ou na liderança de sua equipe", disse Prates. "O mundo corporativo sempre terá espaço para quem quiser realizar e fazer acontecer. Naturalmente, descartará a passividade e o conformismo".

O primeiro passo para a queda

Todas as características acima são pontos que podem destruir a gestão de qualquer líder. Contudo, podem ser eliminadas com treinamento e foco. Mas existe mais um comportamento que pode dar fim à carreira de qualquer líder e que não é tão simples de se eliminar, a arrogância.

"É insuportável conviver com pessoas arrogantes em qualquer cenário da vida, principalmente no mundo corporativo. A arrogância destrói a capacidade de aprendizagem do ser humano, pois cria barreiras muitas vezes intransponíveis, geradas pela crença de que tudo sei", afirma Prates. 

 
FONTE:
Por Camila F. de Mendonça , Infomoney
http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/lider-saiba-os-cinco-comportamentos-que-voce-nao-deve-ter/42469/